segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Analase do blog

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10/10/2014 09h29 - Atualizado em 10/10/2014 10h11

Saiba quem é Malala Yousafzai, a paquistanesa que desafiou os talibãs

Ela foi baleada na cabeça aos 15 anos por defender a educação feminina.
Aos 17 anos, é a mais jovem ganhadora do prêmio Nobel.


Malala em foto de 27 de setembro de 2013 (Foto: Jessica Rinaldi/AP)
Malala aos 17 anos, ganhadora do Nobel da Paz de 2014 junto com o indiano Kailash Satyarthi, não conquistou sua notoriedade de maneira fácil. A jovem se tornou conhecida ao mundo após ser baleada na cabeça por talibãs ao sair da escola, quando tinhas 15 anos.
O ataque aconteceu no dia 9 de outubro de 2012. Malala seguia em um ônibus escolar. Seu crime foi se destacar entre as mulheres e lutar pela educação das meninas e adolescentes no Paquistão– um país dominado pelos talibãs, que são contrários à educação feminina.
No Vale de Swat, no noroeste do país profundamente conservador, onde muitas vezes se espera que as mulheres fiquem em casa para cozinhar e criar os filhos, as autoridades afirmam que apenas metade das meninas frequentam a escola - embora este número fosse ainda menor, de 34%, segundo dados de 2011.
Malala cresceu e nasceu nesse contexto. No início de sua infância, a situação ainda era melhor, com a educação das meninas sendo realizada sem muito questionamento. Nos anos 2000, entretanto, a influência do talibã se tornou cada vez maior, até que o grupo dominou a região, em 2007.
Em 2008, o líder talibã local emitiu uma determinação exigindo que todas as escolas interrompessem as aulas dadas às meninas por um mês. Na época, ela tinha 11 anos. Seu pai, que era dono da escola onde ela estudava, e sempre incentivou sua educação, pediu ajuda aos militares locais para permanecer dando aulas às meninas. Entretanto, a situação era tensa. 
Naquela época, um jornalista local da BBC perguntou ao pai de Malala se alguns jovens estariam dispostos a falar sobre sua visão do problema. Foi quando a menina começou a escrever um blog, "Diário de uma Estudante Paquistanesa", no qual falava sobre sua paixão pelos estudos e as dificuldades enfrentadas no Paquistão sob domínio do talibã.
O blog era escrito sob um pseudônimo, mas logo se tornou conhecido. E Malala não tinha receios em falar em público sobre sua defesa da educação feminina.
Os posts para a BBC duraram apenas alguns meses, mas deram notoriedade à menina. Ela deu entrevistas a diversos canais de TV e jornais, participou de um documentário e foi indicada ao Prêmio Internacional da Paz da Infância em 2011. Na época, ela não ganhou – mas foi laureada com o mesmo prêmio em 2013.
Funcionário de uma livraria de Islamabad exibe cópias da autobiografia da ativista paquistanesa Malala Yousafzai (Foto: Aamir Qureshi/ AFP)Funcionário de uma livraria de Islamabad exibe
cópias da autobiografia da ativista paquistanesa
Malala Yousafzai (Foto: Aamir Qureshi/ AFP)
A família de Malala sabia dos riscos – mas eles imaginavam que caso houvesse um ataque, o alvo seria o pai da menina, Ziauddin Yousafzai, um ativista educacional conhecido na região.
Quando houve o ataque, a situação já estava mais calma – os talibãs já haviam perdido o controle do Vale do Swat para o exército, em 2009. Por isso, o tiro levado pela menina foi ainda mais chocante.
No dia 9 de outubro, Malala deixou sua escola e seguiu para o ônibus que a levava para casa. Posteriormente, ela contou ter achado estranho o fato de as ruas estarem vazias. Pouco depois, dois jovens subiram no ônibus, perguntaram por ela e dispararam. Além de Malala, outras duas meninas também foram baleadas.
A menina foi socorrida e levada de helicóptero para o hospital militar de Peshawar. Relatos da época apontam que Malala ainda ficou consciente, apesar do tiro ter atingido sua cabeça, mas que se mostrava confusa.
Sua condição piorou, e ela precisou passar por uma cirurgia. O caso passou a ser acompanhado por todo o mundo, e o próprio governo do Paquistão passou a ter mais atenção. Um grupo de médicos britânicos que estava no país foi convidado para avaliar a situação de Malala, e sugeriram que a menina fosse transferida para Birmingham, onde receberia tratamento e teria mais chances de se recuperar.
A chegada de Malala ao Reino Unido aconteceu seis dias após o ataque. Ela foi mantida em coma induzido, e quando despertou, dez dias depois, logo demonstrou estar consciente, procurando questionar onde estava e o que havia ocorrido, mesmo estando entubada e não podendo falar.
A jovem paquistanesa Malala Yousufzai em foto divulgada nesta sexta-feira (19) pelo hospital Queen Elizabeth, em Birmingham (Foto: AFP)A jovem paquistanesa Malala Yousufzai em foto tiranda quando ainda estava internada no hospital Queen Elizabeth, em Birmingham (Foto: AFP)
A jovem ainda passou por uma segunda cirurgia, e sua recuperação foi surpreendente, segundo os médicos. Havia riscos de sequelas cognitivas e problemas na fala e no raciocínio, mas Malala escapou do ocorrido sem problemas.
A jovem teve alta apenas em janeiro, e continuou o tratamento na Inglaterra, onde passou a viver com sua família. Atualmente, ela frequenta uma escola na cidade de Birmingham.
Embora Malala tenha recebido muito apoio e elogios ao redor do mundo – incluindo diversas manifestações contra o ataque, no Paquistão a resposta para a sua ascensão ao estrelato foi mais cética, com alguns acusando-a de agir como um fantoche do Ocidente. Mesmo estando na Inglaterra, ela continuou a receber diversas ameaças dos talibãs.
O governo do Paquistão chegou a identificar alguns dos talibãs que teriam participado do ataque, mas ninguém permaneceu preso.
Diálogo
Em entrevista à BBC, Malala disse que "a melhor maneira de superar os problemas e lutar contra a guerra é através do diálogo. Esse não é um assunto meu, esse é o trabalho do governo (...) e esse é também o trabalho dos EUA".
A jovem considerou importante que os talibãs expressem seus desejos, mas insistiu que "devem fazer o que querem através do diálogo. Matar, torturar e castigar gente vai contra o Islã. Estão utilizando mal o nome do Islã".
Em sua entrevista à "BBC", Malala também assegura que ela gostaria voltar algum dia ao Paquistão para entrar na política.
Imagem reproduzida de vídeo mostra Malala Yousafzai discursando em uma mensagem para o primeiro auxílio do Fundo Malala na quinta-feira (4) (Foto: AFP PHOTO / MALALA FUND)Imagem reproduzida de vídeo mostra Malala
Yousafzai discursando em uma mensagem para
o primeiro auxílio do Fundo Malala (Foto: AFP)
"Vou ser política no futuro. Quero mudar o futuro do meu país e quero que a educação seja obrigatória", disse a jovem.
"Para mim, o melhor modo de lutar contra o terrorismo e o extremismo é fazer uma coisa simples: educar a próxima geração", insistiu. "Acredito que alcançarei este objetivo porque Alá está comigo, Deus está comigo e salvou a minha vida".
"Eu espero que chegue o dia em que o povo do Paquistão seja livre, tenha seus direitos, paz e que todas as meninas e crianças vão à escola", ressaltou a menor, se expressando com eloquência e muita segurança cada vez que fala da situação em seu país.
Malala admitiu que a Inglaterra causou em sua família uma grande impressão, "especialmente em minha mãe, porque nunca havíamos visto mulheres tão livres, vão a qualquer mercado, sozinhas e sem homens, sem os irmãos ou os pais".
Após a entrevista, os talibãs paquistaneses acusaram Malala de não "ter coragem" e prometeram que vão atacá-la novamente se tiverem uma chance. "Nós atacamos Malala porque ela falava contra os talibãs e o Islã e não porque ela ia à escola", explicou Shahid, referindo-se ao blog que Malala escrevia na "BBC" e que lhe valeu reconhecimento internacional.
Luta pública
Seu primeiro pronunciamento público ocorreu nove meses após o ataque, quando fez um discurso na Assembleia de Jovens da ONU. Na ocasião, ela reforçou que não será silenciada por ameaças terroristas. "Eles pensaram que a bala iria nos silenciar, mas eles falharam", disse em um discurso no qual pediu mais esforços globais para permitir que as crianças tenham acesso a escolas. "Nossos livros e nossos lápis são nossas melhores armas", disse ela na oportunidade. "A educação é a única solução, a educação em primeiro lugar".
"Os terroristas pensaram que eles mudariam meus objetivos e interromperiam minhas ambições, mas nada mudou na vida, com exceção disto: fraqueza, medo e falta de esperança morreram. Força, coragem e fervor nasceram", completou.
A adolescente Malala Yousafzai discursa na ONU nesta sexta-feira (12) (Foto: AFP)A adolescente Malala Yousafzai discursa na ONU (Foto: AFP)

Após o discurso, um alto comandante do talibã paquistanês escreveu uma carta a Malala acusando-a de manchar a imagem de seu grupo e convocando-a a retornar para casa e a estudar em uma madrassa.  Adnan Rasheed, um ex-membro da força aérea que entrou para os quadros do TTP, disse que gostaria que o ataque não tivesse ocorrido, mas acusou Malala de executar uma campanha para manchar a imagem dos militantes.
"É incrível que você esteja gritando a favor da educação; você e a ONU fingem que você foi baleada por causa da educação, mas esta não é a razão... não é pela educação, mas sua propaganda é a questão", escreveu Rasheed. "O que você está fazendo agora é usar a língua para acatar ordens dos outros."
Na carta, Rasheed também acusou Malala de tentar promover um sistema educacional iniciado pelos colonizadores britânicos para produzir "asiáticos no sangue, mas ingleses por gosto", e disse que os alunos devem estudar o Islã, e não o que chama de "currículo secular ou satânico".
"Aconselho você a voltar para casa, a adotar a cultura islâmica e pashtun, a participar de qualquer madrassa islâmica feminina perto de sua cidade natal, a estudar e aprender com o livro de Alá, a usar sua caneta para o Islã e a se comprometer com a comunidade muçulmana", escreveu Rasheed.

Fim da Gincana Cinematográfica

A gincana foi muito legal, aliás super ... legal. O encerramento foi com a mostra dos filmes de todas as séries a partir do 6º ano. Os filmes que eu assisti ficaram muito legais e criativos. Não queria que a gincana acabasse, apesar dos desafios que a minha turma enfrentou. Mas ano que vem tem mais.
Sera bem legal

Formado em Letras e Comunicação, com mestrado em Editoração na Universidade de Paris, Lino de Albergaria nasceu em Belo Horizonte e morou durante algum tempo no Rio de Janeiro e São Paulo. Escreveu e publicou diversos contos em suplementos literários e revistas de todo o país. Tem histórias infantis publicadas na Bélgica. Autor de quatro romances para o público adulto, a maior parte de seus livros é dirigida para o público juvenil. É doutor em Literaturas de Língua Portuguesa e também fez várias traduções de originais franceses.

Lino de Albergaria nasceu em Belo Horizonte, no dia 24 de abril de 1950, irmão mais novo de uma família de cinco filhos. A cidade, nas lembranças de sua infância, tinha muito mais árvores e as ruas eram de paralelepípedos, depois transformados em asfalto. Sobre esse chão, ainda havia os trilhos por onde corriam os bondes. Bandos de pombos cruzavam o céu de seu bairro e eram comuns os cachorros vira-latas, hoje desaparecidos como os pardais substituídos pelos bem-te-vis. Não fazia tanto calor, as noites eram mais frias, os prédios não eram tantos. Como a maioria das casas, aquela em que se criou, na rua Espírito Santo, perto da avenida do Contorno, tinha quintal, onde cachorros e galinhas conviviam com árvores de frutas: jabuticaba, manga, abacate, pitanga e goiaba.
As famílias vinham geralmente do interior, raros eram os pais e praticamente inexistentes os avós nascidos na capital de Minas. Seu pai, que trabalhou com presidiários e crianças abandonadas, já gostava de ler e escrever. Sua mãe gostava de encadernar livros cujas capas gravava com letras douradas. Até que um dia quebrou a mão e não teve mais a força necessária para trabalhar com o couro. Passou a pintar pratos de porcelana e caixinhas de madeira. Tanto o pai quanto a mãe nasceram em fazendas e os filhos costumavam passar as férias num sítio que o pai tinha herdado. Ali, além de mais rústico, tudo era diferente da cidade, sobretudo os cheiros e os barulhos, além dos hábitos e das conversas das pessoas.
Mas, na cidade, tinha um cômodo cheio de livros, o escritório do pai, quando trabalhava em casa, e também sua biblioteca. As primeiras histórias o menino ouviu em discos coloridos. Um deles era azul e contava a história de Ali Babá. Um dia ele abriu a porta da biblioteca vazia, depois de ter pela centésima vez escutado o disco. Lá dentro estava escuro, as paredes cobertas de livros dentro de estantes também escuras. Era misterioso como a caverna de Ali Babá. Ele podia dizer "Abre-te, sésamo" e os livros que ainda não conseguia ler piscavam os olhos para ele. As figuras os espiavam das capas, e o papel se entregava à exploração de suas mãos, quando puxava um ou outro volume para debaixo da mesa também escura, aonde se escondia do mundo, pensando em Ali Babá e na caverna dos tesouros. Um dia, ousou, pegou um lápis que tinha duas pontas, uma azul e outra vermelha, que era comum naquele tempo, e sobre as páginas de um livro rabiscou outro. Era sua primeira tentativa, ainda sem conhecer as letras, de ter um livro feito por ele.
Rapidamente, antes de entrar para a escola, aprendeu a ler. Continuou freqüentando o espaço debaixo da mesa na biblioteca vazia, que era calma, escura, uma caverna para onde fugir com os livros e se esquecer do quintal, das árvores, dos cachorros, da galinha Ximbica. Fez o curso primário, sempre gostando de escrever, num colégio que não durou muito, o Instituto Ariel, cujo nome vinha de um personagem de Shakespeare e fora dado por um poeta, Abgar Renault. Descobriu a adolescência em outra escola, bem perto de sua casa, o Colégio Estadual, com suas construções de formas tão inusitadas e que diziam lembrar os objetos escolares. O auditório, pelo menos, parecia os antigos mata-borrões e a caixa d'água, um giz. O arquiteto que imaginou aquele prédio chamava-se Oscar Niemeyer. Embora começasse a estudar literatura na escola, ainda não entendia a ligação de seus dois colégios com as pessoas e as idéias do modernismo. Também não pensava que aqueles eram os ares do seu tempo e quando, ainda aos dez anos, foi ver Juscelino Kubitschek na praça da Liberdade, apenas sabia que aquele homem era o presidente que havia mudado a capital.
Fez duas faculdades, uma pela manhã, outra à noite, Letras, ainda na rua Carangola, a poucas quadras de sua casa, e Comunicação, no Coração Eucarístico, que parecia tão longe. Os tempos mudavam, a cidade crescia, o governo era militar. Nasceu a vontade de conhecer o mundo, a liberdade parecia estar do outro lado do mar. Trabalhou um pouco, como redator de jornais de empresa, e logo que pôde, partiu para a França, pela primeira vez longe de sua cidade. Paris era todos aqueles cartões postais conhecidos, só que em movimento e uns se ligando aos outros, a pé ou de metrô. Era estranho caminhar sob a terra, como um tatu, e depois sair de novo para a luz, uma luz esmaecida, tão diferente da luminosidade intensa de Belo Horizonte. Uma boa parte do ano, Paris era cinza. De trem, seguia para o curso de editoração em Villetaneuse. De ônibus para Petit-Clamart, onde nevava de verdade e havia pinheiros sempre verdes, para o estágio na biblioteca infantil. Do outro lado do Atlântico, reencontra o escritório do pai, o mundo dos livros, que aprende a fabricar. O contato com as crianças faz com que escreva as primeiras histórias infantis, na verdade adaptações de contos populares.
No retorno ao Brasil, para trabalhar com os livros, vai viver em São Paulo. O escritor e o editor encontram espaço. Trabalha na Editora FTD, faz uma coleção didática e depois se dedica às coleções de literatura para os jovens. Tem uma curta passagem pelo Rio, assistindo a Rio Gráfica se transformar em Editora Globo. Além de editar outros autores, publica seus próprios textos em diversas casas de diversas cidades do país. Volta a São Paulo, faz free-lance para as revistas da Editora Abril. Assiste, nesse tempo, à redemocratização do país. Experimenta uma constante inquietação, a vida seguindo provisória e com gosto de aventura.
Ao voltar para Belo Horizonte, quer ter tempo para escrever e estudar. Escreve dois romances para adultos, um deles finalista da Bienal Nestlé de Literatura e o outro premiado no Concurso do Estado do Paraná e ainda finalista do Prêmio Jabuti. Passa a fazer um mestrado de literatura, em que compara aquele momento da literatura infantil com o florescimento dos folhetins no século XIX. Volta a trabalhar como editor, nas Editoras Lê e Dimensão. Sem abandonar os estudos, faz o doutorado. Escolhe como tema a cidade de Ouro Preto e o modernismo, na confluência dos trabalhos de Lucio Costa, Cecília Meireles e Guignard. O fascínio por Ouro Preto é a descoberta do contraponto de Belo Horizonte, perante a memória de um passado que Paris tem presente. Mas os livros continuam. Há um certo compromisso com os leitores e sobretudo com a escrita. Talvez por ainda haver uma dívida com a infância. A semente do sésamo tem de se abrir e se reproduzir, sempre em uma nova planta